Os três homens detidos pela PSP, no domingo, por promoverem lutas de galos ilegais, foram libertados nesta terça-feira. Ficaram, no entanto, obrigados a apresentarem-se na esquadra ou no posto da sua área de residência todas as semanas.
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Também os dez donos dos galos usados nos combates detidos na busca levada a cabo por agentes da Esquadra de Investigação Criminal de Loures ficaram sujeitos a medida de coação semelhante, depois de terem sido interrogados pelo juiz do Tribunal de Loures.
Tal como o JN revelou, três homens, um residente no Porto e os outros dois na Grande Lisboa, organizavam, uma vez por mês, lutas de galos num antigo matadouro de Loures, abastecido por ligações clandestinas de água e luz.
Para assistir ou participar nos combates, os interessados pagavam uma inscrição, cujo valor variava entre 30 e 50 euros e dava direito a almoço, apenas para entrar no antigo matadouro. “As pessoas chegavam ainda antes das 9 horas, estacionavam o carro na rua e dirigiam-se ao antigo matadouro com os galos debaixo do braço, envolvidos numa manta ou em caixote. Tudo era feito às claras”, descreveu fonte ligada à investigação.
No interior do edifício, os donos dos galos apostavam entre si e os animais defrontavam-se numa arena com cerca de três metros de diâmetro e um pequeno rebordo em cimento perante o regozijo de uma assistência que também punha dinheiro para escolher o vencedor. No final do combate, o dinheiro das apostas era dividido pela organização, donos dos galos vitoriosos e apostadores certeiros.
Aquando da busca de domingo, a PSP encontrou 32 pessoas no interior do antigo matadouro.