Uma psicóloga da Figueira da Foz vai cumprir cinco anos de prisão por violência doméstica sobre o pai. O acórdão da Relação de Coimbra é chocante, pois o idoso foi deixado ao abandono durante três anos, sem cuidados médicos, alimentação ou de higiene, e nem à pensão conseguia aceder, integralmente desviada pela filha.
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O acórdão fala numa "enorme ilicitude e uma personalidade deformada, cruel e sem qualquer empatia pelo próximo" da arguida, revelando que o idoso, pela idade avançada e doenças incapacitantes de que padecia (incluindo demência) estava totalmente "dependente do auxílio de terceiros", o que era do conhecimento da sua única filha.
Mesmo assim, a psicóloga deixou de o visitar e nem sequer lhe telefonava desde a morte da mãe, em abril de 2020, até ao dia 30 de março de 2023, data em que faleceu, ainda decorria o julgamento da filha.