A PSP apreendeu 35 armas de alarme e 385 munições na operação "Conversus", coordenada pela Europol, com o objetivo de apreender armas de alarme adquiridas sem autorização e facilmente convertíveis em armas de fogo.
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Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a PSP revela que os cerca de 90 agentes do Departamento de Armas e Explosivos e Núcleos de Armas e Explosivos registaram, ainda, 22 autos de notícia por contraordenação, "importante contributo para os resultados registados a nível europeu.
Inserida na Ação Operacional 2.1 da prioridade Firearms do EMPACT (European Multidisciplinary Platform Against Criminal Threats), a operação decorreu em 31 países europeus.
"A cooperação policial internacional entre a Europol e as polícias constitui um pilar crucial no combate ao tráfico internacional de armas, sendo assegurada em Portugal por intermédio da Direção Nacional da PSP/Departamento de Armas e Explosivos, no âmbito das suas competências específicas e nacionais relacionadas com armas e explosivos", realçou a Polícia.
A operação, liderada pela Roménia e Bulgária, visou indivíduos suspeitos de comprar armas a traficantes de armas de fogo. "Como a aquisição de armas de fogo ilegais se tem tornado cada vez mais difícil e cara, os indivíduos e o crime organizado recorrem frequentemente à conversão de armas de alarme e de sinalização. Estas pistolas tornaram-se uma arma de eleição para os criminosos, uma vez que certos modelos provaram ser facilmente convertidos para usar munições reais", refere, por sua vez, a Europol.
Foram apreendidos 129 armas de fogo, 1 492 de alarme e de sinalização não convertidas e convertidas, 24 735 balas de munições não convertidas, convertidas e reais, seis granadas de mão, 276 quilos de dinamite, 299 detonadores e mais de 21 quilos de pólvora.
A maioria das armas apreendidas eram modelos produzidos na Turquia antes de uma mudança na legislação daquele país, que permitia a sua importação e venda legais na União Europeia,
"Uma vez vendidas eram frequentemente traficadas através das fronteiras e convertidas em armas letais noutros países, dentro ou fora da UE. Este processo de conversão envolve a modificação das armas para as tornar capazes de disparar munições reais, o que é ilegal. Uma vez convertidas, as armas são distribuídas através de canais ilícitos, contribuindo para a proliferação de armas de fogo ilegais", concluiu a Europol.