PSP e GNR pediram nova reunião com o Governo para discutir valor do subsídio de risco
A plataforma dos sindicatos e associações da PSP e da GNR ainda acredita num acordo com o Governo para a subida do valor do subsídio de risco e, nesta quarta-feira, requereu uma nova reunião com a ministra da Administração Interna.
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Por se tratar de um direito legalmente previsto, Margarida Blasco tem 15 dias para marcar a data de mais uma ronda negocial com os elementos das forças de segurança.
Em comunicado, a plataforma dos sindicatos e associações da PSP e da GNR anunciou que o enviou um ofício à governante “para a marcação da reunião complementar decorrente da legislação sindical em vigor”. “Tentaremos, uma vez mais, apresentar uma proposta no sentido de valorizar a condição policial dos profissionais da PSP e da GNR, para que o princípio da igualdade, consagrado na Constituição da República Portuguesa, seja respeitado”, justifica.
Militares e polícias acrescentam que não se demitem das responsabilidades, não deixarão os polícias reféns da indefinição e não contribuirão para um “futuro penoso”. “Esta será mais uma tentativa de negociação e contributo, sem nunca deixar de parte a possibilidade de protestos. Apelamos ao Governo para que acompanhe esta predisposição da plataforma e sentido de compromisso”, lê-se no comunicado.
Alguns dos organismos que constituem a plataforma dos sindicatos e associações da PSP e da GNR não concordam com o requerimento feito. “Esta decisão de pedido de reunião apenas o SPP e o SINAPOL não a subscrevem”, salientam polícias e militares.
Proposta da ministra considerada insuficiente
Recorde-se que, já na semana passada, o porta-voz da plataforma dos sindicatos e associações da PSP e da GNR, o comissário da PSP Bruno Pereira, tinha garantido que iria apresentar uma “última contraproposta” sobre o subsídio de risco para “dar possibilidade” ao Governo de resolver a questão “de forma responsável”.
A garantia foi dada após mais uma ronda negocial sem acordo. No último encontro entre a ministra e os polícias, Margarida Blasco propôs um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor a ser pago de forma faseada: 200 euros pagos a partir de julho, mais 50 euros no início do próximo ano e outros 50 euros a partir de 2026.
A proposta foi considerada insuficiente pelos polícias.