A PSP fiscalizou, esta segunda-feira, o Bairro das Panteras, em Olhão, na sequência dos confrontos entre populares e as autoridades na noite deste sábado. Um militar da GNR e um agente da PSP ficaram feridos e dois homens foram detidos.
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Durante toda a manhã, mais de 30 elementos da PSP estiveram posicionados em dois acessos ao bairro a controlar entradas e saídas, não havendo registo de desacatos nem detenções.
Segundo a subcomissária da PSP de Olhão, Catarina Monteiro, a operação teve como objetivo "devolver o sentimento de segurança à população" e também "mostrar que a PSP está presente". O Bairro das Panteras "é um dos mais problemáticos da cidade" e está "referenciado devido ao consumo de estupefacientes e por pequenos delitos", acrescentou.
Os confrontos de sábado à noite começaram por volta das 22 horas, quando uma patrulha da GNR de Moncarapacho se deslocou à cidade de Olhão, área da PSP, para entregar documentos que haviam sido extraviados.
Os militares pararam para prestar auxílio a um homem que estava a ser agredido na via pública, junto ao Bairro das Panteras, e foram cercados por cerca de 30 indivíduos. O grupo, sem máscara nem distanciamento social, agrediu um guarda e conseguiu retirar a vítima do interior da viatura da GNR, onde já tinha sido colocada. Os militares foram obrigados a efetuar disparos para o ar e a pedir ajuda à PSP, que foi recebida à pedrada.
De acordo com o subcomissário da PSP de Faro, Diogo Magalhães, "um agente foi atingido num braço e há danos numa viatura". O grupo dispersou para o interior do bairro onde acabaram por ser detidos dois homens, pai e filho, de 24 e 59 anos, com cadastro, e que a PSP acredita que tenham estado envolvidos nos confrontos iniciais que levaram à intervenção da GNR. Nenhum dos agredidos recebeu tratamento hospitalar.