PSP que inspirou protestos de polícias alvo de dois processos disciplinares
O polícia que, há um ano, iniciou uma vigília solitária em frente à Assembleia da República, desencadeando uma onda de protestos por todo o país, em reivindicação de um suplemento de missão idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, foi alvo de dois processos disciplinares, disse, ao JN, fonte da direção da PSP.
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"O visado é arguido em dois processos disciplinares com outro objeto [que não a vigília], sendo que num foi punido com a pena de 30 dias de suspensão, suspensa na sua execução pelo período de um ano. Outro encontra-se a decorrer os seus trâmites", disse a fonte, sem adiantar, no entanto, os factos que estiveram na sua origem. O agente anunciou entretanto que vai contestar a sanção disciplinar no Tribunal Administrativo e Fiscal, mas está a pedir ajuda a outros elementos das forças de segurança para pagar as custas processuais.
Na base de um dos procedimentos disciplinares instaurados pela PSP, o segundo, estará a concentração espontânea realizada em fevereiro junto ao cineteatro Capitólio, em Lisboa, durante o debate eleitoral para as eleições legislativas, que opôs Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. Dos 43 processos instaurados a polícias na altura, 39 foram arquivados. Quatro ainda aguardam decisão. "Ainda não recebi uma resposta à defesa que apresentei acerca do que estou a ser acusado, mas, se seguirem a mesma lógica que aplicaram no primeiro processo que me instauraram, não tenho a mínima dúvida que me irão punir", afirmou o agente, num vídeo difundido esta segunda-feira no Telegram.