Alteração à lei em 2019 não travou aumento de organizações profissionais, mas fez cair ausências ao trabalho por motivos sindicais. "Secos e molhados" foi há 35 anos.
Corpo do artigo
Em 21 de abril de 1989, polícias enfrentaram polícias, na Praça do Comércio, em Lisboa, num momento que ficou para a história como a manifestação dos “secos e molhados”. Desde essa luta pela liberdade sindical na PSP, muito se caminhou e, em 2019, foi até necessário rever a lei para diminuir as dispensas laborais por motivos sindicais, que punham em causa a operacionalidade. O número de sindicatos continuou a crescer, mas as folgas baixaram drasticamente.
Após os “secos e molhados”, seria aprovada a lei do associativismo na PSP, em 1990, antecedendo a lei sindical de 2002, que abriu portas a todos os excessos. “O Governo facilitou a criação de sindicatos para impedir que o poder ficasse concentrado numa única estrutura”, recorda um dirigente sindical com grande notoriedade na época.