PCP tem agendado para domingo concentração em Lisboa, apesar de vários surtos de covid-19 na região.
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O PCP foi alertado pela PSP para a necessidade de se fazer cumprir o distanciamento físico no comício que o partido vai realizar este domingo, no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa. Num momento em que se mantêm restrições na região, devido ao aumento de casos de covid-19, nem a Direção-Geral da Saúde (DGS), nem o PCP levantam o véu quanto aos moldes em que decorrerá o evento.
O porta-voz da Direção Nacional da PSP, Nuno Carocha, adiantou ao JN que esta força tem estado "em permanente coordenação" com o PCP. "Iremos acompanhar como fazemos com qualquer outra manifestação ou evento que decorra em espaço público", disse.
Tendo em conta o "atual contexto" de pandemia, frisou o intendente Nuno Carocha, a PSP vai "sensibilizar os participantes para a necessidade de permanentemente garantirem o distanciamento social e agrupamento de até 10 pessoas".
Apesar de anunciado pelo secretário-geral do PCP, a 17 de maio, após uma reunião do Comité Central, não há detalhes sobre o comício. Do site da Direção da Organização Regional de Lisboa do PCP ao perfil do partido no Facebook, só é referido o local do evento e a hora [17 horas].
Fonte oficial da Soeiro Pereira Gomes recusou a avançar com pormenores. Questionado pelo JN, aquando do anúncio, o líder Jerónimo de Sousa apontou que "era o que faltava o PCP calar-se nesta altura". A DGS não quis adiantar ao JN se, como aconteceu no 1.o de Maio, pediu alguma contenção ao partido.
O comício ocorre três dias antes da cerimónia do Dia de Portugal, ao qual Belém impôs uma radical mudança. Marcelo Rebelo de Sousa prescindiu dos habituais desfiles e festejos. Só haverá uma "cerimónia simbólica" com oito figuras do Estado. "Relativamente ao 10 de Junho, é como eu achei que devia ser o 25 de Abril e como eu achei que devia ser o 1.o de Maio", disse o presidente da República, anteontem.