O pugilista Eduardo Machado, conhecido pela alcunha de "Edu" foi esta segunda-feira libertado pelo Tribunal de Braga, depois de ter sido condenado a uma pena suspensa de cinco anos de prisão, por tráfico de droga, em Barcelos, sendo absolvido da acusação de associação criminosa.
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À saída do Palácio da Justiça, "Edu" afirmou ao JN "ter sido justa esta pena e a libertação", assegurando ainda "passei uma fase menos boa da minha vida, mas estou recuperado e, a partir de agora, voltarei para o meu trabalho no boxe".
Eduardo Machado disse "estar agradecido aos juízes, que me deram esta oportunidade de provar que eu não sou nada daquilo que se dizia ultimamente por aí", tendo destacando também "o trabalho meritório" da sua advogada, Marisa Carvalho Oliveira.
As duas mulheres que estavam em prisão preventiva, Ana Daniela Ferreira Costa (mulher de Edu) e Adriana Isabel Borges Faria, também foram condenadas com penas suspensas e foram igualmente libertadas.
O Tribunal aplicou as principais penas de prisão efetiva a um cunhado de "Edu", João Pedro, condenado a seis anos de prisão. Tal como os arguidos Armindo Barbosa e Vítor Barreto continuará presos.
Vítor Barreto foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão, Armindo Barbosa levou cinco anos e quatro meses de prisão, e a Aurélio Couto da Silva cinco anos e meio de prisão, mantendo-se este em liberdade.
"Edu", de 35 anos, natural e residente em Barcelos, era um dos seis presos preventivos, entre os 21 arguidos, do grupo desmantelado em 2023, pela PSP de Barcelos, por crimes de tráfico de cocaína e haxixe.
Durante o julgamento, João Pedro afirmou que era ele próprio quem, às vezes, "dispensava" cocaína a "Edu", desmentindo que o cunhado pugilista fosse líder da rede.
João Pedro, sendo paraplégico, afirmou aos magistrados que parava na academia de boxe do seu cunhado, na cidade de Barcelos, e garantiu que ali ninguém traficava droga, sendo o próprio João Pedro, toxicodependente, que "cedia" droga aos outros.
Eduardo Machado era pugilista do Sporting de Braga, clube que o suspendeu, de imediato, assim que soube pelos órgãos de comunicação social, em outubro de 2023, que "Edu" tinha sido detido por suspeitas de integrar uma estrutura organizada de tráfico de droga.