Quatro anos de prisão por atropelar procurador na Avenida da Boavista quando fugia à PSP
O Tribunal da Relação do Porto confirmou a pena de quatro anos e dez meses de prisão efetiva aplicada ao homem que, numa fuga à PSP em alta velocidade, atropelou e feriu gravemente o procurador-geral-adjunto jubilado Amaro Neves, que atravessava uma passadeira, na Avenida da Boavista, no Porto, em 18 de agosto de 2022.
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No recurso da decisão do Tribunal do Porto, a defesa de Paulo Silva, então com 22 anos, defendia a absolvição da prática dos crimes de resistência e coação e de homicídio tentado (foi ainda condenado por condução sem carta), bem como a aplicação de uma pena suspensa. Os juízes desembargadores Nuno Salpico, Paula Rocha e Donas Botto discordaram da defesa e, em acórdão de 26 de fevereiro, que JN consultou, sustentaram que o arguido, além de ter “antecedentes criminais de relevo”, nomeadamente uma condenação por condução sem carta, tem “personalidade egoísta”, não tendo demonstrado “arrependimento sincero”.
Sustentaram que Paulo Silva não confessou os factos em audiência de julgamento, “o que, a acontecer, implicaria um ato de contrição e de aproximação aos múltiplos valores violados, atuando como atenuante”.