Três homens e uma mulher foram detidos por suspeita dos crimes de burla qualificada, burla informática e nas comunicações, falsidade informática, acesso ilegítimo e branqueamento. Nos últimos dois anos terão cometido centenas de burlas "MBWay".
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A partir de 2020, os suspeitos montaram um elaborado esquema que lhes permitiu obter o acesso a centenas de contas bancárias das vítimas. Respondiam a anúncios de vendas em plataformas "online" e predispunham-se a fazer os pagamentos através de MBWay. Se as vítimas tivessem MBWay, inventavam uma desculpa e desistiam do negócio. Se não tivessem, convenciam-nas a aderir ao sistema.
Fingiam ajudar os vendedores a registarem-se, mas, na realidade, "ardilosamente, induziam as vítimas a disponibilizarem o acesso direto às contas bancárias associando um número de telemóvel na posse dos autores, a facultarem os dados dos cartões, a darem ordens a pedidos de envio de dinheiro ou enviando códigos de levantamento".
Com este método, terão conseguido aceder a largas centenas de contas bancárias, efetuando movimentos de retirada dos fundos de valor ainda não totalmente apurado, explica a PJ em comunicado.
Esta terça-feira, a diretoria do Centro da PJ desenvolveu uma ação em Monforte, Castelo Branco, Loures e Lisboa, que permitiu deter, fora de flagrante delito, quatro suspeitos: três homens e uma mulher com idades entre os 20 e os 35 anos. Foram apreendidos artigos e dados relacionados com a prática dos crimes, em particular a identificação de contas bancárias, centenas de chamadas de telemóveis para as vítimas, dezenas de cartões e telemóveis.
Os detidos vão ser apresentados às Autoridades Judiciárias na comarca de Castelo Branco para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por convenientes.