Quatro pavilhões e mais de 500 reclusos perigosos. Cadeia de Vale de Judeus é de alta segurança
O Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus é uma cadeia classificada como sendo de alta segurança e com elevado grau de complexidade em termos de gestão. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais já abriu um inquérito.
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A investigação à fuga de cinco reclusos está a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção da DGRSP e é coordenada por um magistrado do Ministério Público.
A cadeia com lotação para 560 lugares recebeu o primeiro recluso em 1977 e começou a ser construída em 1960, mas foi ocupada por serviços das Forças Armadas.
“Todavia, após a ocorrência da conhecida grande evasão de 1978, as instalações foram encerradas e só em 1981 entrou em funcionamento o Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus”, explica a DGRSP.
Em termos de instalações, o estabelecimento prisional é constituído por quatro pavilhões de três pisos, em sistema de “poste telegráfico”, um pavilhão de admissão, dois edifícios oficinais e um edifício administrativo.
“No centro do conjunto existe uma grande área de recreio ladeada pelas instalações da escola, das oficinas, dos armazéns, da cozinha, da padaria, da lavandaria e da capela”, adianta ainda a DGRSP no seu site da Internet.
A população prisional é essencialmente constituída por reclusos condenados em penas de longa duração, existindo um número muito significativo de reclusos estrangeiros, como três dos presos que conseguiram escapar este sábado de manhã.