Conheça os arguidos da Operação E-Toupeira, que envolve o assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, num alegado esquema que permitira ao clube aceder a informações sobre processos judiciais em curso.
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Paulo Gonçalves. Assessor Jurídico do Benfica
Nascido no Porto, onde continua a ter casa - mesmo que agora passe grande parte da semana em Lisboa - , Paulo Gonçalves, 48 anos, formou-se em Direito e desde cedo se ligou ao futebol. Em 1997, pouco depois de concluir o curso, participou na constituição da SAD do F. C. Porto, de onde saiu em 1999, alegadamente incompatibilizado com Adelino Caldeira, atual administrador da SAD azul e branca. Braço-direito de Luís Filipe Vieira, é ele que, muitas vezes, representa as águias nas assembleias-gerais da Liga
Nogueira Silva. Foi diretor de escola do Benfica e pediu emprego para sobrinho
José Augusto Nogueira Silva, de Fafe, oficial de justiça, presta serviço informático nos tribunais de Fafe, Guimarães, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto. Benfiquista, teve há poucos anos responsabilidade de direção numa escola do Benfica que funcionava num clube de Antime, Fafe. Terá pedido em troca de informações em segredo de justiça um emprego para um sobrinho (filho da irmã) que lhe terá sido prometido para o Museu Cosme Damião, do Benfica. Os encarnados negam que tal situação tenha sido concretizada.
Óscar Cruz. Empresário terá intermediado contactos
Filho do ex-vice-presidente do F. C. Porto com o mesmo nome, Óscar Cruz foi futebolista e representou a equipa júnior dos azuis e brancos. Está registado como agente de futebolistas (na Truesoccer) e é considerado muito próximo de Paulo Gonçalves e, em tempos, de Alexandre Pinto da Costa. É suspeito de ter intermediado contactos do assessor jurídico do Benfica.
Oficial de justiça. Arguido colabora em esquema
Um terceiro oficial de justiça, ligado aos tribunais de Fafe e Guimarães, foi constituído arguido ontem nas diligências de busca da PJ. Tal como Júlio Loureiro e José Augusto Nogueira da Silva, terá colaborado no alegado estratagema de busca de informações em segredo importantes para o Benfica.
Júlio Loureiro. Castigou árbitro que prejudicou encarnados
Júlio Loureiro é oficial de justiça em Guimarães e foi fiscal de linha na I Divisão de Fortunato Azevedo, ex-árbitro de Braga. É observador da FPF, mas esteve entre 2014 e 2016 como observador na Liga. Em 2014/15 foi observador do Sp. Braga--Benfica (2-1), que teve uma atuação desastrada do internacional Marco Ferreira. Loureiro deu nota 2. Ferreira desceu de categoria e desistiu.