"Rastos digitais" colocam Fernando Valente no local do homicído da grávida da Murtosa
O inspetor da PJ responsável pela investigação do caso da grávida desaparecida da Murtosa confirmou, nesta terça-feira, em tribunal, que "os rastos digitais" colocam o empresário Fernando Valente no local do homicídio de Mónica Silva, na Vila da Torreira.
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Bruno Sousa, inspetor da Polícia Judiciária de Aveiro, está a ser ouvido desde o início da manhã, no julgamento de Fernando Valente, o homem acusado de ter assassinado Mónica Silva, grávida de sete meses, e feito desaparecer o seu corpo, a 3 de outubro de 2023. Segundo apurou o JN, aquele investigador da PJ não tem dúvida de que foi o empresário Fernando Valente a assassinar a grávida, na Torreira.
Depois de passar toda a manhã a responder às questões de dois magistrados do Ministério Público, no julgamento à porta fechada, o inspetor da PJ é inquirido, esta tarde, pelos advogados do arguido e da família da vítima. Devido ao prolongar deste depoimento, a que se seguirá a inquirição de outra testemunha da PJ, os testemunhos de Alfredo Silva e Sara Silva, o pai e irmã gémea de Mónica Silva, a vítima, foram adiados para amanhã, quarta-feira, no Palácio da Justiça de Aveiro.
Num caso em que não há corpo da vítima, nem sequer os seus vestígios, o processo baseou-se em prova indireta, que, a crer no relatório final da PJ de Aveiro e na acusação do MP de Estarreja, indica Fernando Valente como homicida de Mónica Silva.