O Ministério Público (MP) reabriu o inquérito que investigava o presidente da Câmara Municipal de Vizela, Victor Hugo Salgado, por suspeitas de violência doméstica contra a mulher, confirmou ao JN a Procuradoria-Geral da República (PGR).
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O processo tinha sido arquivado em 13 de maio, depois da mulher do presidente da Câmara de Vizela se recusar a prestar declarações à procuradora do MP, desistindo da queixa que tinha feito junto da PSP, na noite em que foi ao Hospital de Guimarães. Victor Hugo Salgado nunca chegou a ser ouvido, nem foi constituído arguido.
O procurador-geral, Amadeu Guerra, entretanto, tinha dito publicamente que o processo ainda podia ser hierarquicamente revisto e reaberto. A PGR confirmou, esta terça-feira, ao JN, que “foi determinada a reabertura do inquérito com vista à realização de diligências complementares”. A PGR não respondeu à questão do JN sobre se Victor Hugo Salgado já tinha sido ouvido e sobre a sua constituição como arguido.
Em resultado deste processo, o Partido Socialista, primeiro com Pedro Nuno Santos e agora com José Luís Carneiro como secretário-geral, retirou o apoio à recandidatura de Victor Hugo Salgado que também se demitiu do cargo de presidente da Federação Distrital de Braga do PS.
Já depois da situação com a mulher, surgiu uma nova investigação, desta vez envolvendo violência doméstica direcionada ao filho de 10 anos de Victor Hugo Salgado.
O autarca, que obteve uma das mais expressivas vitórias para o PS nas últimas eleições autárquicas de 2021, vai avançar com uma lista independente, arrastando consigo todos os candidatos socialistas. O PS não deverá apresentar-se às eleições em Vizela, nas eleições autárquicas deste ano.