O recém-nascido encontrado, em novembro de 2019, num ecoponto em Lisboa "não duraria mais de 20 minutos" se não tivesse sido socorrido quando foi, garantiu esta quarta-feira, em tribunal, o profissional do INEM que prestou os primeiros socorros ao bebé.
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Num testemunho emocionado, Luís Nunes, técnico de emergência pré-hospitalar, recordou o dia em que, a caminho de uma outra ocorrência, o desviaram para a discoteca Lux, em Santa Apolónia, para socorrer o recém-nascido, alegadamente abandonado por uma jovem sem-abrigo, de 22 anos.
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"Tinha uma hemorragia ativa no cordão umbilical, a ventilação não estava muito estável e estava em hipotermia", recordou, ao testemunhar no julgamento da mãe da criança, acusada de tentativa de homicídio.
O técnico terá então feito um garrote com uma luva em torno do cordão umbilical e bafejado para aquecer o menino. Administrou ainda oxigénio.
"Pronto, já cá estás!", terá dito depois de o bebé começar a reagir. "Quando cheguei estava pouquíssimo reativo", acrescentou.
O julgamento continua a 7 de outubro, no Tribunal Central Criminal de Lisboa. Desde 8 de novembro que Sara F. está em prisão preventiva. Na primeira sessão do julgamento, disse que deixou o bebé onde deixou para que ele fosse encontrado.
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