Um recluso da cadeia de Custóias, em Matosinhos, vai enfrentar um processo disciplinar depois de ter sido apanhado, nesta terça-feira, na posse de uma réplica de pistola em madeira. Na cela também tinha um telemóvel e três baterias de aparelhos similares.
Corpo do artigo
Segundo o JN apurou, a busca foi realizada às primeiras horas da manhã desta terça-feira e visou uma única cela sobre a qual já recaíam várias suspeitas. Os guardas prisionais de Custóias desconfiavam que um recluso guardava ali vários objetos proibidos e, durante a diligência, confirmaram as dúvidas.
Na cela em causa estava escondida uma réplica de uma pistola, feita em madeira e que, referem fontes do sistema prisional, provavelmente seria pintada de preto para ficar ainda mais parecida com uma arma verdadeira. Os serviços prisionais tentarão, agora, perceber como é que madeira usada para fazer a pistola chegou à cela, suspeitando-se, desde já, que tenha sido levada por um preso, da oficina da própria cadeia.
Na cela foram encontradas, igualmente, três baterias de telemóvel e um aparelho pronto a fazer chamadas.
Recluso assumiu posse dos objetos proibidos
Ao JN, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais refere que, “no âmbito do trabalho quotidiano de controlo à entrada e circulação de produtos e bens ilícitos em contexto prisional, se procedeu a uma busca numa camarata do Estabelecimento Prisional do Porto, da qual resultou a apreensão de um telemóvel, de dois carregadores e de um objeto artesanal em madeira com a forma de uma arma”.
A mesma fonte oficial explica que, “como decorre do legalmente previsto, o recluso que assumiu a posse dos objetos apreendidos será visado em competente procedimento disciplinar”.
Ainda na segunda-feira, como o JN deu conta, os guardas prisionais detetaram uma corda, com cinco metros de comprimento e um gancho de ferro na ponta, e alicates na pista que separa os dois muros que rodeiam a prisão de Custóias.