Está resolvido o problema da falta de água que durava há três dias na cadeia do Linhó, em Cascais, e que obrigou os reclusos a urinar para sacos plásticos que, depois, eram atirados para o pátio.
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Segundo a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), a fuga de água foi “detetada e localizada ao final da tarde” de terça-feira e o problema ficou “sanado” às 16 horas desta quarta-feira.
Segundo a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR), os reclusos estiveram impedidos, desde o início da semana, “de fazer a sua higiene, de limpar as celas e de beber água”. Em comunicado, a associação referiu que, por não poderem “usar os sanitários, muitos dos reclusos fazem as suas necessidades fisiológicas em sacos de plástico que, depois, atiram pelas janelas para os pátios, que ficam imundos”. “Garantem que as ratazanas, nesses espaços, são às dezenas”, alertou a APAR.
Confrontada pelo JN na manhã desta quarta-feira, a DGRSP confirmou que “verificou-se uma súbita diminuição na pressão da água que abastece o estabelecimento prisional do Linhó” e que, “na Ala B e na Secção de Segurança”, só “havia água nas torneiras dos pátios”.
Já ao final da tarde, a mesma fonte oficial garantiu que a fuga foi reparada e que, desde as 16 horas, os reclusos já tinham acesso a água.