Mecanismo de distribuição artesanal permitia-lhes fazer entregas em vários pisos na cadeia de Paços de Ferreira.
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Com cofres secretos disfarçados nas paredes das celas, elevadores artesanais que permitiam fazer entregas de droga em vários pisos e um sistema codificado de pagamento por transferência bancária, nove reclusos mantiveram, entre 2014 e 2019, um esquema de tráfico de haxixe, cocaína e heroína no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira (EPPFR). O líder do grupo, recentemente acusado pelo Ministério Público (MP) de Penafiel, usava contas bancárias de familiares para receber os lucros das vendas e para branquear o dinheiro.
De acordo com a acusação do MP, José Cabeças, conhecido pela alcunha de “Deni” seria o líder da rede criminosa que abastecia a cadeia. O arguido, natural da Maia e hoje com 40 anos, tinha sido condenado, em 2009, a uma pena de 16 anos e seis meses de prisão por uma série de roubos.