Os reclusos de três prisões na Grande Lisboa e em Leiria vão passar a ter acesso a um portal online no qual poderão consultar o seu processo individual, fazer pedidos de, por exemplo, consultas médicas, e consultar um número limitado de sites, incluindo de instituições públicas e de jornais.
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O objetivo, anunciou este sábado o Ministério da Justiça, é que o projeto-piloto - que vai abranger inicialmente, com supervisão, 1700 reclusos dos estabelecimentos prisionais de Tires (Cascais), Carregueira (Sintra) e de Leiria (destinado a jovens) - seja, consoante a avaliação que vier a ser feita da iniciativa, mais tarde “alargado gradualmente” às restantes cadeias.
“Estes acessos serão disponibilizados através de uma tecnologia segura e monitorizada pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais”, salienta, em comunicado, o ministério liderado por Catarina Sarmento e Castro, precisando que o Portal +Inclus@o estará disponível em português e inglês.
No total, está a ser a preparada, para a concretização global do programa, “a aquisição de 450 computadores, financiados no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a chamada “bazuca” europeia.
“Este projeto pretende ser um importante instrumento de inclusão, contribuindo para garantir a todos, independentemente de se encontrarem numa situação de reclusão, relevantes direitos de cidadania e o acesso a serviços que facilitam o processo de reinserção social”, acrescenta a tutela.
Paralelamente, está a ser desenvolvido um portal sobre o trabalho prisional e a compra de produtos já atualmente disponibilizados nas cadeias.