Sete empresas e 14 pessoas foram acusadas pelo Ministério Público da prática de crimes de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, associação de auxílio à imigração ilegal, branqueamento de capitais, falsificação de documento e detenção de arma proibida. Pagariam 50 euros por quinzena aos imigrantes.
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O caso veio a público com “Operação Espelho”, a 21 de novembro de 2023, em que a Polícia Judiciária fez buscas e detenções em Évora e Cuba. Da operação resultaram dois processos distintos. Um já tinha tido acusação no ano passado, no outro foi deduzida acusação já este ano. Aqui, a procuradora do MP, Ana Margarida Sebastião, imputa os crimes a empresas e pessoas com idades entre 29 e 40 anos e que atuariam sob a liderança do cidadão romeno Florentin Stinga, com ligações estreitas a cinco compatriotas seus, atualmente em prisão preventiva.
O modos operandi passou pelo aliciamento e exploração de trabalhadores da Moldávia, Roménia, Colômbia, Peru, Venezuela, Espanha e Marrocos. Dependendo das culturas sazonais, eram postos a trabalhar em várias zonas do Alentejo, mas também em Lisboa e Espanha.