Ministério Público suspeita que Armando Pereira e Vaz Antunes se aproveitavam de negócios da Altice para ficar com percentagens milionárias e escondê-las do Fisco.
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Dezenas de empresas, algumas delas fantasma, e respetivas contas bancárias espalhadas pelo Mundo serviram para fazer circular centenas de milhões de euros nas costas do Fisco português. Os suspeitos - Armando Pereira, um dos donos da Altice, Hernâni Antunes, a filha Jéssica e o economista Álvaro Loureiro -, que começam hoje a ser ouvidos pelo juiz de instrução Carlos Alexandre, estariam a preparar-se para esconder os lucros deste saco azul do olhar das autoridades portuguesas, com a constituição de fundos no Luxemburgo, República Dominicana e Suíça.
Segundo informações recolhidas pelo JN, Armando Pereira tinha no seu braço-direito, Hernâni Antunes, uma peça fulcral no esquema societário, que consistia em criar empresas, grande parte delas no estrangeiro e com testas de ferro, para nelas fazer circular os milhões de euros lucrados com negócios imobiliários e percentagens obtidas noutros contratos, que terão tido início com a venda de património da Portugal Telecom, após a sua compra pela Altice, em 2015.