Rede de tráfico de droga do “Barão da Pasteleira” funcionava por turnos
O maior grupo de venda de droga no Bairro da Pasteleira Nova, no Porto, funcionava como uma empresa. Liderada por Fábio Ribeiro, conhecido por “Crilim”, a rede “Pica-Pau/Picolé” era hierarquizada, trabalhava por turnos e os seus elementos tanto eram promovidos como despedidos em função do rendimento.
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Na acusação do Ministério Público (MP), na qual 37 elementos da organização estão indiciados por tráfico de droga e alguns também por associação criminosa, revela-se que a rede começava a vender cocaína e heroína, em duas das principais ruas da Pasteleira Nova, a partir das 7 horas de cada dia e mantinha as bancas em funcionamento até às 23:45 horas. Às 15 horas, impreterivelmente, assistia-se a troca de turno, com os traficantes que asseguravam o negócio durante a manhã a darem lugar aos que permaneciam até ao fim da noite.
Cada um dos turnos era controlado por um diferente gestor operacional, responsável por reposicionar, fiscalizar e substituir os capeadores de acordo com as necessidades. Havia, no entanto, um gestor-geral, que resolvia, de imediato, qualquer problema que surgisse.