O SEF desmantelou, esta quinta-feira, em Lisboa, uma organização criminosa de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, através de um esquema fraudulento para emissão de autorizações de residência em Portugal a cidadãos estrangeiros vendendo documentos falsos por 500 euros.
Corpo do artigo
No rescaldo da operação, denominada "Tempo certo", o SEF revelou que a organização recorria "a uma empresa criada para o efeito, na Rua do Benformoso, na zona do Martim Moniz, onde um suspeito vendia um conjunto de documentos falsos, nomeadamente contratos de trabalho e atestados de residência".
Os documentos, "juntamente com a inscrição na Segurança Social e inscrição nas Finanças (com a obtenção do NIF), também providenciados pela organização, eram depois carregados na plataforma SAPA/SEF para apresentação de Manifestação de Interesse, ao abrigo do art. 88º da Lei de Estrangeiros", revelou o SEF.
A troco de 500 euros, os cidadãos estrangeiros, na sua maioria oriundos do Bangladesh, "tinham acesso a um conjunto de balcões de atendimento, onde obtinham um "pacote" de documentos que atestavam relações laborais e residências fictícias e que permitia aos clientes da rede a obtenção de autorização de residência portuguesa, abrindo-lhes, assim, a porta a todo o espaço Schengen, objetivo último de parte significativa destes indivíduos que utilizava Portugal como porta de entrada na Europa".
No âmbito da operação, na qual participaram 10 inspetores do SEF, foi apreendido muito material informático e material documental.