O policiamento foi reforçado, ao início da manhã desta terça-feira, à volta do Palácio da Justiça de Aveiro, para a leitura do acórdão do processo da grávida desaparecida da Murtosa, Mónica Silva.
Corpo do artigo
Fernando Valente chegou às 9 horas, tendo sido conduzido, como sempre, num carro-patrulha da GNR de Gaia, onde está em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. A chegada do arguido foi antecipada em cerca de uma hora, por razões de segurança, segundo apurou o JN no local.
A Praça Marquês de Pombal, bem como as ruas Professor Barbosa de Magalhães (traseiras do tribunal) e Capitão Sousa Pizarro (lateral oeste) estão controladas por agentes da PSP de Aveiro. Vários populares estavam, esta manhã, concentrados à porta do tribunal.
Fernando Valente, que teve uma relação amorosa com a vítima da qual terá resultado uma gravidez, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.
O julgamento realizado com tribunal de júri (composto por três juízes de carreira e oito jurados) decorreu à porta fechada, por decisão da juíza titular do processo, para proteger a dignidade pessoal da vítima face aos demais intervenientes envolvidos, nomeadamente os filhos.
Durante o julgamento, o arguido negou as acusações, voltando a reafirmar a sua inocência na última sessão, após as alegações finais.
"Não sei o que se passou com a Mónica. Não sei absolutamente nada. Não lhe fiz absolutamente nada", afirmou o arguido.
O Ministério Público (MP) e o advogado da família da grávida pediram a condenação do arguido à pena máxima de 25 anos de prisão, enquanto que o advogado de defesa defendeu a sua absolvição.