Tribunal de Guimarães entendeu que a única maneira de interromper a atividade criminosa era colocá-lo na cadeia.
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Vítor Macedo foi, esta terça-feira, condenado, pelo Tribunal de Guimarães, a uma pena de prisão efetiva de um ano e três meses de cadeia e a uma sanção acessória de inibição de conduzir veículos com motor, por um período de dez meses.
O arguido estava acusado pelo Ministério Público (MP) dos crimes de furto qualificado, em coautoria, e condução perigosa mas, face aos factos dados como provados, o tribunal condenou-o por furto simples. Os crimes foram praticados na madrugada do dia 19 de junho de 2019, quando o arguido foi interceptado pela GNR, juntamente com outro homem, num estaleiro de obras, em Famalicão, a furtar gasóleo.
O tribunal deu como provados quase todas as imputações que constavam da acusação do MP, mas atentou no detalhe de não ter sido dado como certo que o estaleiro onde Vítor Macedo estava a furtar gasóleo, juntamente com um cúmplice não identificado, estivesse completamente vedado.
A sentença sublinha os antecedentes criminais do arguido e o facto de as condenações anteriores não terem sido de modo a fazê-lo parar a atividade criminosa para justificar a pena de prisão efetiva.
“As mais de sessenta condenações da prática de crimes contra o património, além de outros”, não foram bastantes para impedir o arguido de prosseguir, “só tendo parado quando efetivamente foi preso”, afirma o tribunal. O Fiat Punto usado no assalto ao estaleiro e no qual Vítor Macedo tentou fugir às autoridades, foi dado como perdido a favor do Estado.
Outros processos
Vítor Macedo está em prisão preventiva, desde 8 de outubro de 2022, por ter atropelado um ciclista, na circunvalação, no Porto, quando conduzia um carro furtado, em contramão. Esta foi a nona vez que o mecânico, nascido em Vermoim, foi detido. Além da pena em que foi condenado, esta terça-feira, o “Rei dos Catalisadores” aguarda o trânsito em julgado de uma pena de seis anos e seis meses para começar a cumprir pena efetiva, mas terá que responder ainda em dezenas de outros processos, em diversas comarcas.