Ministério Público garante que criador do "Football Leaks" acedeu a caixa de correio que guardava todas as comunicações do escritório.
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O criador do “Football Leaks”, Rui Pinto, foi acusado pelo Ministério Público (MP) de ter espiado, durante cerca de dois anos, os emails da sociedade de advogados que habitualmente representa o F. C. Porto, a CCSM (Caldeira, Cernadas, Sousa Magalhães e Associados). Os acessos aos servidores da empresa com sede no Porto visaram particularmente a caixa de correio eletrónico de Nuno Brandão, que defendeu o clube portista no caso cível dos emails do Benfica e mais recentemente representou Francisco J. Marques, o diretor de comunicação do F. C. Porto, no processo-crime da divulgação dos mesmos emails, fornecidos pelo próprio Rui Pinto.
De acordo com a acusação, Rui Pinto teve acesso ao código de acesso ao servidor da sociedade de advogados, sediada no Porto e com cerca de 40 colaboradores. Também conseguiu, por meios que a investigação não conseguiu apurar, saber as credenciais de acesso de administrador do sistema informático do gabinete. Com isso, teve acesso a uma caixa de correio chamada “archive”, onde eram guardadas todas as trocas de comunicações eletrónicas da sociedade de advogados.