O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decretou, recentemente, a prisão preventiva de um imigrante russo por suspeita de branqueamento de capitais. Usava contas alheias para lavar dinheiro do crime.
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O juiz considerou indiciado que Mehkman Agamaliev organizou um esquema que passava por abordar vítimas através das redes sociais e, com o tempo, levá-las a aceitar receber dinheiro para o devolver branqueado.
O despacho judicial refere, como exemplo, que o arguido contactou, em abril de 2024, uma mulher do Porto, através de um telefone das Filipinas, dizendo que se chamava Davy José, que era português e vivia nos Estados Unidos. Convenceu-a que queria comprar uma casa em Portugal e pediu -lhe que recebesse, numa sua conta, a quantia necessária para tal. Ela aceitou e ele transferiu-lhe, de um banco francês, 100 mil euros. Dias depois, e baseado na confiança que já tinha, o pediu-lhe para devolver aquela verba para uma conta da Revolut, em nome do Mehkman. O que, não chegou a acontecer graças às autoridades.
Os 100 mil euros eram provenientes de verbas furtadas de outras contas bancárias.