Saúde dos polícias leva sindicato a apresentar propostas ao Governo

A intenção foi confirmada na tarde desta terça-feira, à margem da II Conferência "A Saúde Operacional dos Profissionais da PSP - Do Risco à Proteção", que decorreu em São João da Madeira e da qual deverão sair orientações para a elaboração do documento reivindicativo.

Em declarações ao JN, o presidente da ASPP, Paulo Santos, destacou a "preocupação com a saúde operacional de todo o efetivo e da saúde particular de cada um dos profissionais da PSP". E referiu que, estando em plena negociação com o Governo sobre matérias como salários e suplementos, ainda há "espaço e tempo para discutir este assunto muito importante".

"Convidámos [para a conferência] as pessoas da área para nos ajudar a preparar diplomas que nos levem a confrontar o poder político no sentido de perceber aquilo que está a acontecer e dar respostas", adiantou o responsável.

As orientações saídas do encontro deverão servir de base às propostas que serão posteriormente apresentadas ao Governo: "Estamos preocupados, não só com a componente remuneratória, que é importante, mas também com esta questão da saúde operacional."

"Com o que se passa no dia a dia, com o corte de folgas, com o atropelo à pré-aposentação, com o trabalho exacerbado, com a ausência de um diploma de higiene e segurança, com os acidentes de serviço e com as agressões, levam-nos a colocar também esta prioridade na agenda", reforçou o dirigente, sublinhando a necessidade de regular a higiene e segurança no trabalho.

Por fim, acrescentou: "Continuamos também a dizer que é importante perceber se tudo aquilo que está a ser feito a nível do gabinete de psicologia do próprio sistema de apoio na doença vai ao encontro daquilo que são as necessidades. Nós consideramos que não."