As 19 pessoas, detidas pela GNR por suspeitas de associação criminosa, burla, furtos, roubo, sequestro, extorsão, posse e tráfico de armas, além de drogas, chegaram no início da tarde desta terça-feira ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, sob fortes medidas de segurança.
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À porta do tribunal estavam dezenas de familiares dos detidos que gritaram pela libertação dos suspeitos, sem pôr em causa a ordem pública.
A operação da GNR foi desencadeada na segunda-feira nos distritos do Porto, Braga e Aveiro, com o objetivo de desmantelar a rede suspeita de ter perpetrado cerca de 60 crimes nos últimos meses.
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A operação, que envolveu mais de três centenas de militares e foi desencadeada pelo Comando do Porto da GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Santo Tirso, teve início às 7 horas nos concelhos de Matosinhos, Santo Tirso, Valongo, Trofa, Ermesinde, Famalicão, Barcelos, Braga, Guimarães e Oliveira de Azeméis, com várias buscas que decorreram em simultâneo.
Além dos 19 detidos, sete indivíduos foram constituídos arguidos. Foram apreendidas 19 armas, sete viaturas e 17 mil euros em dinheiro.
A rede criminosa visada pela megaoperação é a mesma que no passado dia 12 efetuou um assalto violento, com sequestro das vítimas, numa residência em Vila das Aves, no concelho de Santo Tirso, apurou o JN. Durante a madrugada, três indivíduos encapuzados e armados entraram na habitação e sequestraram pai e filho. Amarraram o primeiro, um homem com mais de 90 anos, e agrediram o segundo. Conseguiram roubar perto de 10 mil euros em dinheiro.
Em comunicado, a Guarda adianta que a investigação do NIC de Santo Tirso por crimes contra o património decorria há cerca de dois anos, e permitiu apurar que os indivíduos identificados integravam uma rede organizada que atuava em todo o território nacional, sendo suspeitos de pelo menos 60 crimes.