Uma habitação transformada em lar ilegal de idosos, na freguesia de Paramos, Espinho, foi encerrada por ordem da Segurança Social.
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Denúncias de alegados maus tratos aos utentes e más condições de higiene estão na origem da ação das autoridades que, na segunda-feira, contou com uma magistrada do Ministério Público, acompanhada por elementos da PSP, a que se juntaram técnicos da Segurança Social, psicóloga e elementos do centro hospitalar Gaia/Espinho.
A residência situa-se na Avenida Central Norte, junto à Estrada Nacional (EN109).
O JN apurou que foram detetadas deficiências relacionadas com a falta de higiene. Já sobre as queixas de alegados maus tratos, o comando da PSP em Aveiro, contactado pelo JN, nada adiantou uma vez que as operações estavam ainda em curso ao final do dia.
Já durante a tarde as autoridades acabariam por decidir encerrar as instalações. Os cinco idosos que ali se encontravam foram entregues temporariamente aos familiares e outros distribuídos provisoriamente por instituições de solidariedade social.
O presidente da Junta de Freguesia de Paramos, Manuel Dias, afirmou ao JN desconhecer que naquela habitação se encontrasse a funcionar um lar de idosos mas reconheceu que a freguesia tem uma lacuna muito grande no que se relaciona com a disponibilidade de espaços para acolher idosos.
O lar da terceira idade da freguesia, pertencente a uma IPSS, é considerado um exemplo quanto às instalações, mas está lotado, havendo uma lista de espera considerável.
O JN apurou que uma outra habitação na freguesia acolhe também idosos. Habitação que foi encerrada em 2013, mas voltou a abrir e, alegadamente, com as devidas autorizações.