Seis anos de cadeia para casal que cultivava canábis em túnel por debaixo da A2
Os membros de um casal foram condenados, na quarta-feira, em Beja, a seis anos de prisão cada um, pela coautoria de um crime de tráfico de estupefacientes. Cultivavam canábis num dos túneis de escoamento de águas pluviais da A2.
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O homem, de 55 anos, e e a mulher, de 51, residentes no Monte do Loendreiro, freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, estão em prisão preventiva. Tinham sido detidos a 1 de março deste ano, numa operação da GNR de Almodôvar da GNR, em que esta apreendeu 101 quilogramas de canábis, que dariam para cerca de 272 mil doses. Na última década, foi uma das maiores apreensões que a GNR fez de canábis cultivada no distrito de Beja.
Além da droga, foram apreendidos 440 euros em numerário, estufas, balanças, máquinas de embalar em vácuo e outros materiais usados no tráfico.
O casal preparou um local com covas e adubado, onde instalou sistemas de rega para o cultivo da canábis, num túnel de escoamento de águas pluviais da A2, junto a um viaduto desta autoestrada, próximo do Monte do Loendreiro.
No julgamento, o casal “passou” a responsabilidade a terceiros “a quem tinham alugado o terreno de cultivo da droga por mil euros”, dando explicações que o tribunal julgou pouco convincentes para o estupefaciente encontrado em diversos locais do monte, num armazém e outros anexos e para a toda a parafernália de instrumentos dedicados a todo o processo de cultivo, secagem e embalamento da droga.
O casal vai continuar em prisão preventiva a aguardar o trânsito em julgado do acórdão, ele no Estabelecimento Prisional (EP) de Beja, e ela no EP de Odemira.