O advogado de Seixas da Costa avança que irá recorrer da condenação do seu cliente por difamação agravada. Magalhães e Silva mantém que o que está em causa é o comportamento do treinador e não o da pessoa, como considerou o Tribunal do Porto.
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"Como é óbvio vou interpor recurso", afirmou Magalhães e Silva ao JN. O advogado explica que o tribunal decidiu mal ao considerar que a expressão tinha sido dirigida à pessoa e não ao profissional porque no tweet o embaixador diz que "até parece não ser um mau treinador".
"A pessoa não nos interessa nada. Não é só a tecnicidade que define um treinador. O que está em causa é o comportamento do treinador que, no final do jogo, se apresentou grosseiro, mal-educado e que merece a qualificação de javardo", explica Magalhães e Silva, socorrendo-se do castigo aplicado pela Liga precisamente por causa desse comportamento.
"Não foi a pessoa que foi punida pela Liga. Foi o treinador Sérgio Conceição", justifica o causídico reforçando que por isso "é evidente que vou interpor recurso", antecipando mesmo que o processo irá acabar no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e que, aí terá um desfecho diferente "Há dezenas e dezenas de acórdão que dizem que não se tem de escolher as expressões e que o que é preciso é que haja uma base de facto", afirmou.
O Tribunal do Porto condenou esta tarde de segunda-feira o embaixador Seixas da Costa pelo crime de difamação agravada. Terá de pagar uma multa de 2200 euros e uma indemnização de seis mil euros a Sérgio Conceição por lhe ter chamado de "javardo", numa publicação no Twitter, em março de 2019.