A leitura da sentença do processo que envolve o militar da GNR de Fafe Sérgio Ribeiro, acusado de burla e branqueamento de capitais, juntamente com a mulher e os pais, foi adiada por doença de um dos membros do coletivo de juízes do Tribunal de Guimarães. Esta é a terceira vez que a leitura do acórdão é adiada.
Corpo do artigo
O GNR, a mulher, que é candidata a juíza, e os pais estão acusados de burlar maioritariamente idosos em mais de 400 mil euros.
O esquema, que passava pelo pai do militar pedir dinheiro emprestado simulando uma situação de urgência ou aflição. Alegava a falsa eminência do filho ir preso ou a expulsão da GNR, revela a acusação. A mãe do GNR também terá estado presente em alguns desses pedidos de empréstimo.
O dinheiro serviu para o militar e a mulher levarem uma vida de luxo, acusa o Ministério Público, que pediu penas de 12 e 10 anos de cadeia para o casal.
Sérgio disse em tribunal não saber que o pai pedia dinheiro para lhe emprestar e alegou que a mulher, Soraia, achava que o dinheiro era proveniente de uma empresa de segurança que lhe disse que tinha.
De resto, Soraia disse em tribunal que só soube dos empréstimos quando foi detida, e que quem pagava as contas de casa, carros e férias era o marido.
O militar esteve proibido de exercer funções por ordem do tribunal até 29 de setembro. Contudo, ainda não está no ativo por estar suspenso pela guarda no cumprimento de penas disciplinares que lhe foram aplicadas.