Operação da GNR identificou 15 clientes do estabelecimento, um dos quais com 70 anos. Mais de 27 mil euros em dinheiro e quatro mil preservativos foram apreendidos.
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Um homem, de 72 anos, geria, juntamente com a companheira, uma casa de alterne, situada em Sousela, Lousada, onde, além de serem incentivados a consumir bebidas alcoólicas, os clientes podiam praticar sexo com as mulheres que ali se prostituíam. Uma operação da GNR, realizada nesta segunda-feira, apanhou 15 homens, um dos quais com 70 anos, no interior do estabelecimento e terminou com a atividade. Mais de 27 mil euros em dinheiro e quatro mil preservativos foram apreendidos.
Segundo o JN apurou, a casa de alterne já funcionava há vários anos em Sousela, tendo sido sempre administrada por um septuagenário e pela sua companheira, uma brasileira, de 39 anos. O casal, já com antecedentes pelo mesmo crime, era responsável por todo o funcionamento do espaço, desde a gestão do stock de bebidas alcoólicas até à contratação das mulheres que ali se prostituíam.
Na segunda-feira, a GNR identificou duas mulheres brasileiras, uma moçambicana e uma portuguesa no interior do estabelecimento. Todas estavam em situação legal e nenhuma foi constituída arguida, uma vez que a prática da prostituição não é crime. Já o lenocínio - incentivo da prostituição ou a obtenção de lucros com essa atividade - é, e foi esse crime que levou a que os dois elementos do casal fossem constituídos arguidos. A GNR acredita que o septuagenário e a companheira encorajavam as mulheres a manter relações sexuais, em divisões do estabelecimento, a troco de dinheiro, ficando com parte do pagamento. Os mais de 27 mil euros e quatro mil preservativos apreendidos nas buscas efetuadas sustentam esta hipótese.
Aquando da operação, a GNR também identificou 15 homens no interior do espaço. Com idades entre os 27 e os 70 anos, estes clientes não são arguidos, mas terão de ir a tribunal explicar ao juiz o que estavam a fazer num bar conotado com a prática de prostituição.