Sequestrador de Algés foi abatido a tiro pela PSP em “legítima defesa”
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) arquivou, no mês passado, o inquérito que abriu à atuação dos agentes da PSP que, a 12 de maio do ano passado, abateram a tiro um cidadão alemão que sequestrou colegas de casa e atacou um deles com uma faca, na Rua de Olivença, em Algés, Oeiras.
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A conclusão do processo, instaurado pela inspeção-geral para apurar as circunstâncias da morte, é de que os polícias agiram numa “situação de legítima defesa” depois de esgotados “todos os meios de persuasão e diálogo”.
“Perante a investida do cidadão com uma faca na direção dos agentes e do refém, que estava a perder muito sangue, com dificuldade em falar, a gemer e a solicitar auxílio, a única forma de impedir que prosseguisse o seu propósito era o recurso a arma de fogo contra pessoas, como sucedeu”, lê-se no relatório final assinado a 8 de agosto pela instrutora Estela Vieira, que o JN consultou.
Para a IGAI, a utilização da arma de fogo pelos agentes da PSP foi, assim, "adequada, necessária e proporcional" numa "situação de legítima defesa", "sendo certo, porém, que a morte do cidadão resultou dos múltiplos impactos de bagos de chumbo".
O agressor, com 1,90 metros e 130 quilos, habitava numa casa partilhada com outros hóspedes e resistiu a spray pimenta e a tiros de borracha nas pernas. Acabou abatido a tiro, quando esfaqueava um colega de casa.