
Manuel Serrão e Júlio Magalhães, ambos suspeitos, são amigos de longa data
Carlos Carneiro e Reinaldo Rodrigues / Global Imagens
Autoridades acreditam que empresário residia em hotel de luxo à custa dos subsídios europeus.
Corpo do artigo
Manuel Serrão, o empresário que foi ontem alvo de buscas a par do cunhado, António Silva, do gestor António Sousa Cardoso e do jornalista Júlio Magalhães, é suspeito de ter vivido, durante anos, no Hotel Sheraton do Porto, à custa de fundos europeus destinados a promover os têxteis portugueses. A investigação acredita que os suspeitos utilizaram uma teia de empresas, com o setor têxtil como pano de fundo, destinadas a fornecer faturas falsas para serem submetidas aos programas de financiamentos de projetos, como o Compete 2020. Entre 2015 e 2023, a Associação Selectiva Moda, que é gerida por Serrão e que está no centro das suspeitas, assim como duas empresas lideradas pelos visados receberam mais de 38 milhões de euros.

