O Tribunal de Braga condenou, esta quarta-feira, a sete anos de prisão efetiva, por tentativa de homicídio qualificado, o homem que, em setembro de 2021, tentou matar a namorada, de 43 anos e nacionalidade brasileira, durante uma festa na praia fluvial de Adaúfe, em Braga, só não o tendo conseguido porque ela fingiu que estava morta.
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O coletivo de juízes, que condenou, ainda, Amândio Vaz, de 34 anos, a pagar 60 mil euros de indemnização à vítima, lembrou a especial censurabilidade do ato criminoso do arguido, por este ter usado de "grande agressividade" quando agrediu e tentou asfixiar a mulher com quem tinha um relacionamento amoroso.
O Tribunal não aceitou a tese de que o arguido teria tido uma "paragem cerebral" quando, alegadamente, a viu a ter relações sexuais com um amigo.
No julgamento, disse ter "perfeita noção da gravidade" do crime, mas garantiu que "não lhe quis tirar a vida", admitindo que "perdeu a cabeça".
A acusação diz que, a noite dos factos, após ter visto com um amigo, apertou-lhe o pescoço, arrastou-a, agarrou-a pelos cabelos e começou a bater com cabeça da ofendida no chão. Desferiu-lhe, a seguir, "vários socos na cabeça, nariz e boca tendo ela começado a engolir sangue".
A vítima tentou gritar, "altura em que ele pegou em terra e erva seca, encheu-lhe a boca e fechou-a, impedindo-a de respirar".
As agressões só pararam quando ela "se fingiu de morta, não se mexendo e ficando de olhos fechados".
Mesmo assim, "ainda a abanou para ver se estava morta, levantou-se e pisou-lhe o rosto duas vezes, sem que ela tivesse reagido".