
Sindicato da PJ contesta críticas de elementos da GNR e PSP
Foto: Rui Oliveira/Arquivo
A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ tentou esta segunda-feira conter a polémica após escrever num artigo de opinião num jornal que "uns apanham traficantes na rua, outros combatem organizações criminosas". A frase foi vista como uma menorização da GNR e PSP, com muitos utilizadores a questionar o tom escolhido pelo sindicato, mas a ASFIC contesta e disse que ela precisa de ser lida no contexto em que foi escrita.
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Numa nota divulgada nas redes sociais, o sindicato sublinha que a frase destacada é "apenas um destaque" do artigo de opinião que publicou no jornal "Correio da Manhã" e diz que a leitura integral do mesmo é essencial para compreender "o contexto e o pensamento que o acompanha".
"Esta é uma página de liberdade, mas também de responsabilidade. O debate é bem-vindo; o desrespeito, não", afirmou o sindicato, sublinhando que irá moderar publicações que violem "as regras básicas de convivência".
No texto que publicou naquele jornal diário, a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal defende que a PJ, a PSP e a GNR têm "funções diferentes", mas igualmente importantes.
"Os números da PJ não vêm de fiscalizações e ocorrências típicas de polícias de proximidade. Não o somos. Isso não desvaloriza ninguém, é apenas diferente", refere a ASFIC.
"Há investigações da PJ que beneficiam de contributos essenciais da PSP e da GNR, como é suposto. A colaboração deve ser direta, sem organismos a superintendê-la. Há que compreender os fenómenos criminais na sua profundidade. A uns cabe apanhar os traficantes de rua, a outros combater as organizações criminosas. Sem complexos", concluem.

