Deterioração dos centros educativos e falta de funcionários agravaram-se. Lei tutelar é violada e reinserção é praticamente impossível.
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O relatório do ano passado da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Centros Educativos (CAFCE) já alertava que edifícios degradados e escassez de técnicos de reinserção social violavam os direitos fundamentais de jovens delinquentes. Um ano depois, os sete elementos desta entidade garantem que pouco ou nada foi feito e tudo no sistema tutelar educativo está ainda pior. Sustentam também que o Estado falha na proteção destas crianças e jovens que, diz o Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SinDGRSP), acabam invariavelmente na cadeia devido a uma reabilitação impossível de alcançar.
Se o documento de 2022 apontava, como o JN noticiou, centros educativos com “instalações elétricas deficientes, casas de banho em muito mau estado e pavimentos dos quartos severamente deteriorados”, o deste ano, concluído no final de julho, critica “chãos esburacados, vidraças baças, tetos de amianto, paredes cobertas de bolor, mobiliário desadequado, equipamentos insuficientes”.