Só um dos cinco acusados reconhece ter agredido jovem junto à discoteca Mamma Mia
Dos cinco arguidos acusados pelo Ministério Público (MP) do homicídio qualificado, na forma tentada, de Rui Mendes, a 29 de maio de 2022, à porta da discoteca Mamma Mia, em Fafe, só Igor Sales Maia reconheceu no julgamento, a decorrer no Tribunal de Guimarães, ter agredido a vítima, embora apenas numa primeira fase da refrega, antes desta cair inanimada. Dois dos acusados estão em parte incerta, tal como uma mulher acusada de ofensas à integridade física.
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Além de reconhecer a participação nas agressões, Igor Sales apresentou várias testemunhas que procuraram atestar o seu arrependimento. Weverton Lopes e Wandson Modesto, não reconheceram a participação nas agressões a Rui Mendes que, segundo o MP, lhe causaram "um traumatismo cranioencefálico e um traumatismo maxilofacial, ambos graves, tendo sido submetido a cirurgia de urgência, na especialidade de neurocirurgia, e colocado em situação de coma induzido", durante quatro meses. Weverton afirma mesmo que "a minha intervenção foi só para separar". Embora, na acusação do MP, mencione que "desferiu mais um murro na cabeça" do agredido.
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Relativamente à ação de Weverton, o despacho de acusação refere que "em conjugação de esforços, o arguido Weverton Lopes desferiu um pontapé e o arguido Davi Lima Oliveira um murro no assistente, fazendo-o cair desamparado no chão, continuando os mesmos a pontapeá-lo e a desferir murros na cabeça, não obstante a queda".
Três arguidos em fuga
Weverton Lopes e Igor Sales estão em prisão preventiva, já Wandson Modesto está em liberdade, mas proibido de abandonar o país. Davi Oliveira e Dieisson Oliveira também estão acusados pela tentativa de homicídio, mas não estão em julgamento porque, entretanto, se evadiram do país. Jayna Pacheco, acusada de ofensas à integridade física, também se encontra em parte incerta.
Recorde-se que a altercação começou quando o arguido Igor Sales se dirigiu a uma mulher, com quem já tinha tido um relacionamento e que estava com Rui Mendes e outros dois amigos, na discoteca. A desordem entre o grupo dos arguidos e esta mulher levou a que fossem expulsos pelos seguranças. As agressões acabaram por acontecer no exterior da discoteca, onde os arguidos esperaram pela saída de Rui Mendes juntamente com um amigo e duas mulheres.
Como resultado das agressões que sofreu à porta da discoteca, Rui Mendes ficou com uma cicatriz permanente e com problemas que o obrigam a fazer terapia da fala até hoje. O julgamento prossegue no dia 11 de julho.