A associação SOS Racismo apelou, este sábado, a uma “justa condenação” dos autores das agressões, a 30 de dezembro de 2023, a um casal brasileiro, no Cais de Gaia, em Vila Nova de Gaia.
Corpo do artigo
Bruno Marcelino, de 31 anos, e Kayque Soares, de 23, foram espancados ao murro e ao pontapé por um grupo com cerca de uma dezena de jovens e, posteriormente, assistidos no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Os atacantes não roubaram nada e os dois homens acreditam que foram agredidos por motivos xenófobos, racistas e homofóbicos.
“Este é mais um lamentável episódio de agressão violenta com motivações com provável teor racista, xenófobo e homofóbico. É importante não por ser isolado, mas por se somar a frequentes relatos de agressões a elementos de comunidades migrantes, pessoas racializadas e LGBTQIA+”, reagiu este sábado, numa nota, o SOS Racismo, sublinhando que tal mostra “que ‘Portugal não é seguro’ para cidadãos como os agredidos”.
Na sexta-feira, Bruno Marcelino e Kayque Soares confirmaram, num reconhecimento através de fotografias, na esquadra de Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), que três dos seis suspeitos entretanto identificados pela PSP integravam o grupo agressor.
Ao JN, a advogada do casal, Ludimila Poirier, revelou que os três jovens já estavam referenciados pela PSP como membros de um gangue juvenil, que costuma atacar pessoas, aparentemente sem características específicas, que frequentam o Cais da Gaia.
A investigação prossegue.