A Plataforma Intersindical dos Bombeiros Sapadores da Administração Local (PIBSAL) saiu satisfeita da reunião com o Governo onde foi pedido um aumento do subsídio de risco para aqueles profissionais. Como está em gestão, o Governo só prometeu que a matéria será entregue como “prioritária” para o próximo Executivo.
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“O Governo reconheceu legitimidade às reivindicações dos sindicatos e comprometeu-se a assumir a matéria como prioritária no Governo que sair das próximas eleições”, resumiu, ao JN, José Abraão, da plataforma sindical, no final da reunião com governantes dos Ministérios da Coesão Territorial e da Administração Interna.
A PIBSAL integra os sindicatos da Administração Pública, dos trabalhadores da Câmara de Lisboa e dos bombeiros profissionais. Esta tarde, foram recebidos pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, pelo secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, e pela a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.
Segundo José Abraão, o caderno reivindicativo entregue ao atual Executivo “estará na pasta para o próximo Governo” e contempla vários aspetos, desde logo o aumento do subsídio de risco, que tem sido o motivo de protestos das forças de segurança como a PSP, GNR e Guardas Prisionais.
A plataforma sindical dos bombeiros sapadores e municipais quer ainda a alteração do estatuto profissional, a valorização das carreiras, a atualização de outros suplementos remuneratórios e a alteração do sistema de avaliação (SIADAP) “para que se adapte às especificidades da carreira”, explica José Abraão.
Em cima da mesa das negociações esteve ainda o aumento do subsídio de refeição destes profissionais, para um total de 22 dias por mês. Os bombeiros sapadores e municipais, ao contrário de outros trabalhadores da função pública, trabalham em turnos de 12 horas. No final da semana trabalharam as mesmas horas, mas em menos dias, o que significa um corte no número de dias abrangidos pelo subsídio de refeição. Segundo as contas da PIBSAL, a diferença é de quase 40 euros por mês.