O início do julgamento de Franklim Lobo, considerado um dos barões do tráfico de droga português, agendado para esta quinta-feira, foi adiado para a próxima segunda-feira, 16 de novembro, em Lisboa.
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O arguido, de 65 anos, atualmente em prisão preventiva, está em isolamento profilático no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), onde há, para já, seis casos confirmados de covid-19 e cerca de 200 reclusos em quarentena.
Lobo foi testado na quarta-feira, desconhecendo-se, até às 10 horas desta quinta-feira, o resultado. O EPL não dispõe, nas atuais condições, de meios para transportar o arguido "em segurança" até ao Tribunal Central Criminal de Lisboa ou para permitir a sua participação no julgamento por videoconferência.
O presumível traficante é suspeito de, pelo menos desde 2014, ter liderado uma rede de importação de cocaína da América do Sul e de haxixe de Marrocos. Na sua ação, terá beneficiado de informação privilegiada por parte de três inspetores da Polícia Judiciária, que, em maio, saberão, a par de outros 24 arguidos, se serão condenados ou não, no âmbito do processo Operação Aquiles.
Lobo chegou a ser acusado nesse inquérito, mas o seu processo acabou por ser separado por, aquando do início do julgamento, em 2018, o arguido se encontrar em parte incerta. Em março de 2019, acabou por ser detido em Espanha, numa operação "STOP".