Fernando Valente, o homem que é suspeito de ter assassinado Mónica Silva, foi colocado em prisão preventiva, ao início da noite deste sábado, por ordem de uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Aveiro. O arguido está indiciado pelos crimes de homicídio, profanação de cadáver e aborto agravado.
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O homem que é natural da Murtosa foi detido na noite de quarta-feira e levado para o primeiro interrogatório esta sexta-feira à tarde. De acordo com informações recolhidas pelo JN, negou a autoria do crime. O empresário, que sempre alegou apenas ter tido uma relação de uma noite com Mónica, aceitou prestar declarações e terá afirmado que, na noite no desaparecimento, havia jantado com os pais na Torreira, num apartamento que a família ali possui. Mais complicado, no entanto, foi justificar o porquê de ter tido o telemóvel desligado, várias horas, no decorrer daquela noite.
Entretanto, as buscas para encontrar o corpo da grávida contiuaram este sábado em vários locais. As autoridades concentraram-se porém num poço situado na Murtosa, onde foram chamadas equipas de bombeiros para retirar a água do poço e descer, para verificar se o cadáver lá estava. Porém, até ao final de tarde deste sábado, nada tinha sido detetado, mas as operações prosseguiam. Familiares e amigos de Mónica foram ao local.
Apesar da ausência do cadáver, a PJ avançou para a detenção do suspeito por ter encontrado diversas provas. Os inspetores basearam-se nos vestígios de sangue que terão sido encontrados num dos carros de Fernando Valente, nos registos das comunicações telefónicas feitas na noite do desaparecimento de Mónica e noutros elementos que foram encontrados nas buscas feitas, na quarta-feira, a vários imóveis e terrenos que são propriedade do suspeito e do seu pai.
Na noite de 3 de outubro, Mónica saiu de casa, na posse das ecografias da gravidez. Segundo a família, foi encontrar-se com Fernando Valente. O homem que será o pai do bebé que a vítima esperava não quereria assumir a paternidade da criança.
Apesar de, horas depois, ter telefonado aos filhos - de 11 e de 14 anos - a dizer que estava prestes a regressar, Mónica nunca mais voltou nem foi vista. O seu telemóvel foi desligado na mesma noite. Desde então, as autoridades desdobram-se para encontrar o corpo.