O milionário suspeito de tentar matar a mulher, 30 anos mais nova que ele, num hotel em Vigo, no passado dia 2, já tinha sido condenado no Tribunal de Viseu a quatro anos de cadeia efetiva por crimes fiscais.
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Ficou em liberdade porque apresentou recurso da decisão para a Relação de Coimbra, que ainda não se pronunciou. Carlos Inácio Pinto, de 56 anos, estava acusado de fuga ao Fisco e branqueamento de capitais.
Ao que o JN apurou, o empresário - que uma juíza de Vigo mandou na semana passada para prisão preventiva por suspeita de tentar matar Eliza-Gabriela Grouso Pinto, de 26 anos - tem outros processos contra si por julgar por alegadas fugas ao Fisco e branqueamento de capitais, de cerca de três milhões de euros. Segundo apurou o JN, foi condenado no ano passado no tribunal de Viseu (de onde é natural) a quatro anos de prisão por ter alegadamente lesado as Finanças em um milhão de euros.
Polícia espanhola desconfia
Os investigadores da Polícia Nacional espanhola querem ouvir o empresário (que continua hospitalizado em Vigo, devido a um ataque cardíaco sofrido durante a luta com mulher. Para as autoridades espanholas a versão da alegada vítima, Eliza Pinto, que obteve a nacionalidade portuguesa ao casar, há meio ano, Carlos Pinto, que agora acusa de a querer matar, ainda não está devidamente esclarecido.
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As autoridades têm dificuldades em perceber "como é que alguém é golpeado quatro vezes na cabeça, com um martelo, e dos golpes resultam equimoses tão ligeiras que determinam alta pouco depois de dar entrada no hospital.
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A juíza que ordenou a prisão preventiva do empresário português mostrou-se convicta de crime premeditado, acreditando que o suspeito levou para o hotel a pretensa arma do crime bem como "ligaduras", considerando a magistrada serem estes "fortes indícios" de que tencionava matar a mulher. Mas o milionário negou a agressão, disse não saber como é que o martelo apareceu no quarto e afirmou que apenas se limitou a defender da mulher, quando teve o ataque cardíaco.