O galego suspeito de liderar a célula de apoio da quadrilha italiana em que um dos assaltantes foi baleado por um magistrado do Ministério Público, em Valença, vai recorrer para o Tribunal da Relação de Guimarães, contra a sua extradição para Portugal.
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Jaime Pazo Orge, o alegado líder de célula espanhola, cuja base de apoio se situava numa moradia em Vilanova de Arousa, na Província de Pontevedra, na Galiza, já se tinha oposto à extradição, alegando temer estar detido no sistema prisional português, mas não teve sucesso.
Agora, o advogado bracarense João Magalhães, que com um seu colega, Luís Morgado Correia, defendem Jaime Pazo Orge, revelou ao JN que vai recorrer da expatriação do seu cliente, sustentando haver duas alternativas, que passam pela prisão domiciliária.
Segundo João Magalhães, o juiz de instrução criminal de Viana do Castelo poderia manter o seu cliente em prisão domiciliária, na sua residência, na Galiza, ou então em território português, a fixar judicialmente, em ambos os casos com pulseira eletrónica.
Jaime Pazo Orge, Marcos Maurício Pereiro Barros e César António Donaire Gregório, tal como Mónica Barciela Barros, a companheira de Jaime Pazo Orge, já estão todos em prisão preventiva, em Portugal, por decisão do juiz de instrução criminal.
Já estavam presos em Portugal os outros três suspeitos de apoio logístico à quadrilha italiana desmantelada aquando de um assalto frustrado à ourivesaria Cachos, em Valença, na tarde 14 de novembro de 2024, quando um dos assaltantes foi baleado.
Entretanto, a Audiência Nacional de Espanha, sediada em Madrid, determinou a expatriação para Portugal de Jaime Pazo Orge, por ver cumpridos todos os requisitos legais, depois da ordem europeia de detenção e entrega a pedido das autoridades portuguesas.
A PJ de Braga, titular da investigação, deteve, aquando do recontro, em Valença, os cinco italianos, Nori Shehaj, Abdlali Slimani, Badr Fl Haij, Fábio Frasca e Aleandro Frasca, o primeiro dos quais ainda está no Hospital Prisional de Caxias.
As autoridades espanholas e portuguesas apreenderam mais de meio milhão de euros, em dinheiro, ouro e joias à quadrilha de assaltantes de ourivesarias que cometeu 23 roubos no Minho, nomeadamente Vila Verde, Vila do Conde, Monção e Valença.
