O homem acusado de ter matado a companheira grávida de sete meses, em Borba, há cerca de ano e meio, alegadamente num quadro motivado por ciúmes, optou esta sexta-feira por não prestar declarações no arranque do julgamento, que decorre no Tribunal Judicial de Évora.
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Perante o silêncio do arguido, de 45 anos, o coletivo de juízes prosseguiu a sessão com a audição das declarações anteriores do suspeito, que está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Elvas. Assim, por solicitação do Ministério Público (MP), a sessão da manhã foi dedicada a ouvir os depoimentos que prestou no primeiro interrogatório judicial e também na fase de instrução.
Nessas declarações, o arguido negou ter matado a então companheira e alegou nunca se ter aproximado do cadáver ou do local onde a mulher foi encontrada morta. O homem refutou também factos com que foi confrontado, como a presença do seu ADN debaixo das unhas da vítima ou um pelo seu na navalha encontrada na mão da mulher.
O alegado homicídio ocorreu na manhã do dia 22 de junho de 2023, num local ermo designado como Alto do Bosque, na zona de Borba, tendo o homem sido detido pela Polícia Judiciária em 27 de setembro desse ano.
De acordo com o MP, na manhã do crime, o homem deslocou-se ao Alto do Bosque e, com um instrumento corto perfurante não especificado, desferiu dois golpes no tórax da vítima, causando-lhe a morte. Antes de abandonar o local, o homem pôs sangue da mulher numa navalha e colocou-a na mão direita da vítima, acusou o MP.
Com Lusa