Dois homens suspeitos de, na madrugada de quinta-feira, terem agredido seis polícias de folga no Cais do Sodré, em Lisboa, saíram esta sexta-feira em liberdade, sujeitos a termo de identidade e residência, apurou o JN.
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A decisão foi tomada por um juiz, depois de ter ouvido a versão da dupla, de 19 e 20 anos, sobre o sucedido. A investigação prossegue.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, os seis polícias, colocados numa esquadra do concelho da Amadora e todos bastantes jovens, terão aproveitado a folga para se divertir, na madrugada de quinta-feira, numa das zonas ribeirinhas da movida lisboeta. A determinada altura, um deles ter-se-á afastado do grupo, sendo então abordado pelos suspeitos, que lhe terão perguntado se queria comprar droga.
Nesse momento, o agente ter-se-á identificado como polícia, sendo imediatamente esmurrado na cara. Perdeu momentaneamente os sentidos e, na queda, partiu uma perna.
Apercebendo-se do sucedido, os colegas foram em seu auxílio. Seguiu-se uma cena de pancadaria entre traficantes e polícias, que só parou com a intervenção de seguranças de um bar próximo. No final, um agente foi hospitalizado, devido à perna partida, e outros dois foram assistidos a ferimentos ligeiros.
A ocorrência foi confirmada pelo Comando Metropolitano de Lisboa da PSP que, em comunicado, precisa que a altercação aconteceu pelas 5.20 horas, no Cais do Gás, perto das estações ferroviária e fluvial do Cais do Sodré.
Num primeiro momento, os suspeitos conseguiram fugir, mas acabaram por ser intercetados pouco depois por outra patrulha. Acabaram detidos, segundo a PSP, por coação a funcionário e agressões.
Nenhum destes é punível com pena máxima superior a cinco anos, o patamar a partir do qual a lei, em geral, a aplicação de prisão preventiva ou domiciliária como medida de coação.