Os três antigos decisores de topo da Defesa Nacional assim como os três empresários detidos na operação da Polícia Judiciária que investiga um esquema de corrupção na Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN) foram, este sábado, libertados pelo Tribunal Central de Instrução Criminal mediante a prestação de uma caução de 200 mil euros.
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Segundo apurou o JN, o antigo diretor-geral dos Recursos da Defesa Nacional, Alberto Coelho, o ex-diretor de Serviços de Gestão Financeira, Paulo Branco, e ainda o antigo diretor de Infraestruturas e Património, Francisco Marques, assim como os três empresários também ficaram de entregar os seus passaportes e estão proibidos de contactar com qualquer interveniente no processo.
Recorde-se que os arguidos são suspeitos de corrupção ativa (empresários) e passiva (diretores da Defesa, que são civis), peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento de capitais. Terão montado um esquema entre 2018 e 2021 que lhes permitiu lucrar cerca de 500 mil euros com contratos e adjudicações na DGRDN. Seriam obras fictícias contratadas para quartéis e edifícios do Ministério da Defesa Nacional, como o antigo Hospital Militar de Belém, em Lisboa. Inicialmente, a remodelação do edifício estava orçamentada em cerca de 750 mil euros, mas acabou por custar cerca de 3,2 milhões.